quarta-feira, 17 de maio de 2023

Sonho - Uma Ponte do Consolador: Noite de Autógrafo Lítero-musical - Livraria Lamarca

📝Sobre a especial noite de autógrafos, foi regada a música, poesia, livros e alegria na Livraria Lamarca na última sexta-feira (12), algumas imagens falam melhor do deleite de encontros e reencontros. Sobre a especial noite de autógrafos, foi regada a música, poesia, livros e alegria na Livraria Lamarca na última sexta-feira (12), algumas imagens falam melhor do deleite de encontros e reencontros.


Organizada e promovida pela Mentoria das Letras, produtora da obra: Sonho – Uma Ponte do Consolador, livro II da Trilogia de Gláucia Lima, passa agora a compor o acervo da Lamarca, juntamente com outras obras da escritora, a ver:📚 livro I da trilogia, Sonho – Uma Percepção da Verdade; ENSEÑANZA DE LENGUA ESPAÑOLA EN UNA PRÁCTICA SOCIOCULTURAL A TRAVÉS DE CANCIONES – Español Caribeño; CAJUEIRO PEQUENINO - Livro/CD – da autora em parceria com Vera Camelo e Ilustrações do Poeta Arievaldo Vianna.


Nossos agradecimentos às pessoas presentes e que abrilhantaram a noite de sexta-feira: o cantor/compositor Gildomar Marinho; o escritor/professor Kelsen Bravos; a escritora/terapeuta Vera Alves Camelo; e, a escritora/psiquiatra Drª. Marluce Oliveira. Roda de Conversa com música, poesia e depoimentos com tema inspirador. Perdas: Superação e Resiliência. Lugar agradabilíssimo na Livraria Lamarca – Marque seu encontro e tome um delicioso café, papeando e apreciando as publicações. Lamarca fica na Av. da Universidade, 2475 - Benfica, Fortaleza/CE.


Sempre lembrando: Toda a renda das obra da autora é revertida para os projetos socioculturais do Instituto Tonny Ítalo. Ajude o InsTI a Ajudar!

PS: Sem fins lucrativos e sem fonte de renda, o Instituto Tonny Ítalo é mantido, exclusivamente, com a colaboração voluntária e solidária 🤝🏾

💛Ajude o InsTI a Ajudar!❤ Chave PIX CNPJ 23.866.308/0001-10


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Davi Kopenawa Yanomami: 'Morreu metade do meu povo'

 


'Eles são muitos... Morreu metade do meu povo', diz l
íder indígena Davi Kopenawa Yanomami


'Sem índio, vocês vão sofrer também. Índio não vai morrer sozinho', diz Davi Kopenawa Yanomami, ao defender que há poucos indígenas para proteger a terra para o mundo inteiro. A falta de comida é doença do garimpo, resume Davi, indicando que o modo de vida Yanomami está sendo drasticamente afetado (Cristiano Mariz/O Globo)

Davi Kopenawa Yanomami, o xamã que dedica a vida à luta pela preservação de seu povo e do maior território indígena do país, está de luto. Mais de 570 crianças Yanomami morreram em consequência da contaminação por mercúrio do garimpo ilegal, de subnutrição, diarreia, verminoses, doenças respiratórias e malária nos últimos quatro anos.

“Minha esperança é o presidente Lula”

Foto: Ricardo Stuckert

“Minha esperança é o presidente Lula, que, acho, está preparando o plano de retirada dos 70.000 garimpeiros da Terra Yanomami”, estima o líder indígena. “Tem que ser urgente. A doença não demora. A fome também não.”

Davi Yanomami deixa claro que a desnutrição é consequência da invasão de garimpeiros, que contamina rios com mercúrio e prejudica a pesca. O barulho dos aviões e das máquinas, e a violência do garimpo, espanta a caça e dificulta a coleta de alimentos nas roças indígenas.

“A falta de comida é doença do garimpo”, resume, indicando que o modo de vida Yanomami está sendo drasticamente afetado. “A fome não chega sozinha. A fome chega com a destruição”, diz. “Eles são muitos, nós somos poucos. Morreu metade do meu povo”, conta, referindo-se ao impacto de invasões passadas. Davi diz que o problema não é de hoje, mas se agravou nos últimos quatro anos. “O governo Jair Bolsonaro não quis tirar, e senadores, deputados, ficaram junto com os garimpeiros”, diz. “Esse garimpo que está na terra Yanomami é obra do governo”.

“O rio é o caminho do garimpo”, diz o xamã, indicando os lugares onde a ilegalidade está mais próxima. “Passam muitas canoas, mercadoria, gasolina, comida, bebida. Entra tudo na balsa, bebidas, drogas. Foram colocando barracas na beira do rio e estragou tudo. Não é como antigamente. Parece um lixo”, resume, dizendo que o garimpo de hoje “é de gente grande, com recursos”. Denuncia ainda a presença do tráfico e a violência sexual com mulheres indígenas. “É pouco índio que está protegendo a terra para o mundo inteiro. Sem índio, vocês vão sofrer também”, alerta. “Índio não vai morrer sozinho. Vamos morrer junto com a água, floresta, a cultura", alertou Davi Yanomami, 66 anos, em entrevista ao Valor pouco antes de embarcar aos Estados Unidos, a convite da Fundação Cartier, para a abertura da exposição “The Yanomami Struggle”, no The Shed, em Nova York. Com curadoria do Instituto Moreira Salles, será a maior exposição sobre o trabalho e a amizade da artista Claudia Andujar com os Yanomami. “Estou preparado para falar sobre o que está acontecendo com meu povo. Muita gente quer ouvir a minha fala”, diz Davi.

Ele estará com o antropólogo Bruce Albert, com quem escreveu “A Queda do Céu”. A estadia começa pela Universidade de Princeton. Lá, serão recebidos pelo presidente Christopher L. Eisgruber e diretores de vários departamentos e institutos, como o Brazil Lab.

_Trechos da entrevista:


 Homem da cidade
O homem da cidade é diferente. Não conhece o meu povo. São mais de 522 anos que o homem da cidade vem invadindo, estragando nossas terras e comunidades, estragando a saúde da floresta. Quando eu era pequeno, com 3 ou 4 anos, isso já aconteceu. Eles tomaram as nossas terras e continuam roubando. São acostumados a maltratar o povo da floresta. Nós estamos ocupando nosso lugar, que é bonito, tem água limpa, montanhas, mas eles precisam usar as madeiras, a biopirataria.

Impacto da estrada
Em 1973, passou estrada dentro da floresta Yanomami (a BR-210, conhecida por Perimetral Norte). Derrubaram milhares de árvores e estragaram igarapés e rios. Foi o caminho dos invasores, o caminho da entrada da doença, da gripe, da bebida. Homem da cidade que vem andando e não respeita. Ele vai cortando madeira, fazendo desmatamento, e vai se interessando na nossa terra, que é um lugar bonito. Isso continua se repetindo.

Sarampo
Quando entrou a estrada, entrou o sarampo. Em 1975-76, o sarampo matou meus parentes no Catrimani (nome de rio e região em Roraima), Ajarani (rio em Roraima), Maturacá (comunidade no Amazonas). Nesse tempo o meu povo era numeroso, tinha muitos Yanomami. Aí continuaram maltratando. Entraram os invasores, que se chamam garimpeiros. Não tem o porco que cria no campo, que fica fazendo buraco, procurando? Os homens garimpeiros são assim. Procuram pedras preciosas, diamante, cassiterita e ouro. Pegam e vendem na cidade.

Malária
Em 1986, entrou outro garimpo muito forte. Eram 40 mil garimpeiros que estragaram nossos rios, nosso roçado e nossa saúde. Demorou um pouco e começou a entrar a doença que chama malária. O homem da cidade entra contaminado, carrega as doenças no corpo e fica transmitindo.

Foi muito forte. Eles são muitos, nós somos poucos, e poucos parceiros da cidade. Morreu metade do meu povo. Morreu mulher, idoso, criança, moça. Foi durante 1986 e 91 e 92. Eles entram de qualquer jeito. Não ficam com pena. Não gostam de índio. Poucas pessoas gostam.

Território só no papel
Depois os garimpeiros foram retirados pelo governo e a Terra Yanomami foi homologada e demarcada. Nossas terras estão demarcadas, mas não estão respeitando. Governo homologou no papel e pronto, não garantiu. E garimpeiro entrou de novo.

Eu, com meu grupo e meu filho (Dário Yanomami), e a Hutukara Associação Yanomami começamos lutando. Denunciando, mandando documento para o Ministério Público e avisando, ‘olha, os garimpeiros estão entrando. O governo tem que tirar de novo. Senão, vai aumentar muito’. Foi assim em 2014, 15, 16, 17, 18. Hoje, 2023, os garimpeiros estão lá. Nunca saíram. Governo estragou a Funai.

A Funai, que é fundação para proteger os índios, enfraqueceu. O governo Bolsonaro estragou a Funai, que nos protegia. E então aconteceu isso.

O povo da cidade não se mexeu
No ano passado, em 2022, começou a sair a notícia (da situação dos Yanomami) na televisão, no jornal. E nós lutando, denunciando. Mas o povo da cidade não se mexeu, não acreditou. Jair Bolsonaro não queria que o povo da cidade se mexesse. Deixaram acontecer. Esconderam que estavam maltratando os Yanomami, que fomos ficando doentes, Yanomami morrendo, criança maltratada. O governo ficou na contramão.

O rio é o caminho do garimpo
Eu estou na comunidade Watoriki, junto com meu povo, não vou abandonar. A comunidade Watoriki fica longe do garimpo. O garimpo fica mais perto do rio Uraricoera. Ali é o caminho dos garimpeiros. Passam muitas canoas, mercadoria, gasolina, comida, bebida. Entra tudo na balsa. Foram colocando barracas na beira do rio e estragou tudo. O rio Mucajaí, acabou (garimpeiros fizeram uma mudança no trajeto do rio). Não é como antigamente. Parece um lixo. Quando chove, a água fica parada. Cria mosquito e vem doença.

70 mil garimpeiros
Na cabeceira do Uraricoera está muito feio. Aumentou muito o número de invasores. Para mim são 70 mil garimpeiros que estão na Terra Yanomami. Muito avião que vem, helicópteros, e armas de fogo. Entrou tudo, a bebida e a droga. E nós lutando, a gente pedindo. O governo Jair Bolsonaro não quis tirar, e senadores, deputados, ficaram junto com os garimpeiros. Eles queriam acabar com o nosso território Yanomami. Deixar a gente morrer e depois pegar o território, esse é o jogo do político. Esse garimpo que está na terra Yanomami é obra do governo.

Estou de luto
Começaram a morrer as nossas mulheres. Quando pai e mãe morrem, a criança fica doente, não sabe procurar comida. Não levanta. As crianças estão doentes porque o garimpo está perto das comunidades e os pais não têm como pescar. Não tem peixe, garimpo mata tudo. Garimpo, dentro da Terra Yanomami, é muito forte para nós. Estou muito chateado e bravo. A minha alma, junto com minha Mãe Terra, está de luto por causa dos nossos filhos. Não tem mais remédio, não tem mais roçado para coletar comida. A responsabilidade é do governo. Governo tem dever de cuidar do povo Yanomami.

É gente grande
O garimpo hoje é diferente. Tem apoio de gente grande, gente que tem bastante dinheiro. Eu sou ‘sonhador’, sou pajé da minha comunidade. Estou sonhando (visualizando) que estrangeiro está negociando com a troca de ouro. Quem está nos matando é o povo de fora. Senadores, deputados e governadores, eles são culpados. O dinheiro está matando a floresta, os rios e o ambiente. Tem muito traficante. Em 2021 atiraram numa comunidade. É por isso que estavam escondendo, deixando os Yanomami morrer, e ficaram calados. Mas agora vocês estão ouvindo e ficaram preocupados.

Retirada urgente
O presidente Lula, que também sofreu, foi preso, prometeu tirar todos os garimpeiros da Terra Yanomami. A minha esperança é essa. Acho que Lula está preparando o plano de retirada dos 70 mil garimpeiros da Terra Yanomami. Tem que ser urgente. A doença não demora, fome também não. Estou esperando Lula preparar a Polícia Federal, o Exército, o Ibama e todos que estão querendo salvar o povo Yanomami. Não podemos morrer todos. Queremos que o governo tome providências urgentes esse ano. Essa é a minha fala.

Coronavírus
Em 2020, aconteceu a doença que matou tantos do povo da cidade e que se chama coronavírus. Na língua Yanomami é um morcegão, um espírito ruim para todo mundo, não só para o índio. A doença atacou e matou muita gente. Esse governo que estava não cuidou de vocês, não nos cuidou, não cuidou da floresta, nem da Mãe Terra. A doença não vai acabar. Está no mundo inteiro. Vai e volta.

Médico não vem pra floresta
Na Terra Yanomami está muito ruim. Não tem remédio nem médico. Médico não quer trabalhar na floresta, só quer trabalhar na cidade. E a falta de comida é doença do garimpo, porque o garimpo ficou perto, na beira do rio. Viu o buraco lá na Serra Pelada? E a barragem de Belo Monte também matou o meio ambiente. Será que Belo Monte está trazendo benefício? Isso não funciona. Só traz doença, problema, briga, poluição.

É como leishmaniose
A Terra não vai curar, a máquina deixou um buraco. Garimpo é como leishmaniose. Nunca vai sarar, a doença continua. Se o governo federal e os médicos não cuidarem das minhas crianças, vão acabar morrendo. Eu não quero que morra todo mundo. O garimpo está mudando a nossa cabeça. A cultura e o pensamento do não-indígena são muito fortes para nós.

Cesta básica e anzóis
O nosso roçado é pequeno. Fica todo mundo comendo macaxeira, banana, cará e acaba. O garimpo continua lá e os parentes que estão no Uraricoera, rio Apiaú, no Ato Catrimani, ficaram envolvidos com eles. Garimpeiro estava dando resto de comida para eles.
O povo da cidade está falando que a criança Yanomami está morrendo de fome. Não é isso. Eu, Davi, nunca morri de fome. Foi o garimpo que deixou muita coisa ruim nas nossas comunidades. Já morreram 567 crianças. Outros estão se aguentando para não morrer. Vocês, que são nossos parceiros, se são verdadeiros brasileiros, podem nos ajudar. Nós precisamos. O governo precisa pensar em cesta básica para quem está com fome. Mas cesta básica não vai curar: precisamos de machado e anzol para pegar alimento. O roçado é mais forte que a cesta básica.

Estrada nova
Agora abriram estrada em dois lugares na terra indígena. Não podia acontecer isso. Fizeram a estrada para transportar ouro, madeira. O pequeno não faz isso. Só quem tem muito dinheiro na mão consegue destruir.

Muitos querem ouvir minha fala
Vou aproveitar a oportunidade que estou indo para os Estados Unidos e estou preparado. Tem muita gente querendo ouvir a minha fala. Vou contar tudo o que aconteceu na Terra Yanomami com as crianças, netos, primas, irmãos que já faleceram e outros que ficam com fome.

Índio não vai morrer sozinho
A fome não chega sozinha. A fome chega com o garimpo, com a destruição. Se eu tenho esperança? Meu amigo presidente Lula vai salvar o nosso povo Yanomami e os outros também, os munduruku, os caiapó. É pouco índio que está protegendo a terra para o mundo inteiro. Sem índio, vocês vão sofrer também. A doença vai voltar e começar na cidade, mesma coisa que está matando primeiro o povo indígena. Índio não vai morrer sozinho. Vamos morrer junto com a água, floresta, a cultura.

Crianças nascendo pequenas
O garimpeiro que fica perto da comunidade está usando a nossa índia. Já tem filhos misturados, e isso não é bom. As nossas índias estão doentes. A doença fica nas crianças que estão na barriga das mulheres. Crianças Yanomami estão nascendo pequenas. É a doença transmitida pelo garimpeiro que usa mercúrio. Está acontecendo isso e estamos com medo. Estou preocupado com as nossas crianças indígenas que nascem na cidade, e a mulher da cidade que não tem filho está adotando. Isso não pode.

Pagar pelo erro
A doença está toda espalhada e o problema está aumentando muito. Não queremos perder o lugar onde nascemos e criamos os nossos filhos. Quem matou o meio ambiente e também estragou o Palácio, o Congresso Nacional, será que são bons? Precisa botar na cadeia para pagar erro.

Por Daniela Chiaretti, Valor — São Paulo - 29/01/2023 (Valor Econômico/Brasil)

Quem são os Povos Yanomami?  

Lula decide visitar crianças Yanomami
acompanhado por três Ministros.

GOVERNO PUBLICA REGRAS PARA ENDURECER FISCALIZAÇÃO NO ESPAÇO AÉREO YANOMAMI – Noticias UOL
A portaria da Aeronáutica estabelece os procedimentos a serem observados pelos órgãos que compõem o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA) com relação aos tráfegos aéreos suspeitos de ilícito no espaço aéreo do território Yanomami.

O ato lista uma série de situações que serão consideradas para classificar uma aeronave como suspeita, como:

  • ü voar com infração das convenções, dos atos internacionais ou das autorizações,
  • ü voar sem plano de voo aprovado,
  • ü não exibir marcas de nacionalidade,
  • ü manter as luzes externas apagadas em voo noturno,
  • ü voar sob falsa identidade,
  • ü estar furtada ou roubada, ou sob suspeita de furto ou roubo,
  • ü interferir no uso do espectro eletromagnético sem autorização ou
  • ü realizar reconhecimento aéreo ou sensoriamento remoto sem autorização.

"As aeronaves classificadas como suspeitas (nos termos descritos na portaria) estarão sujeitas às medidas de policiamento do espaço aéreo", cita o ato assinado pelo comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno. –

Fonte: UOL - https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2023/02/02/governo-publica-regras-para-endurecer-fiscalizacao-no-espaco-aereo-yanomami.htm

 

 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

JOSÉ MARQUES – 100 anos de nascimento / 50 anos de falecimento – Mombaça/CE

                     

José Marques de Sousa - 28/12/1922 - †27/02/1973  

Centenário de nascimento e cinquentenário de falecimento do ex-vereador/presidente da Câmara e ex-prefeito de Mombaça/CE. 

José Marques da Recreação
-
💯  anos de nascimento  e 50 de falecimento em Mombaça, Nordeste do Brasil, Sertão Central do Ceará.
                                                       Atualizado em 27/02/2023

  → Canal Ser ¡Voz! JOSÉ MARQUES DA RECREAÇÃO, o Prefeito do Povo – Blog → Ser ¡Voz  -


https://youtu.be/V57S2JcBV8w
Prefeito Socialista 🚩

JOSÉ MARQUES DE SOUSA - 100 anos de nascimento
Exemplo de Pai e Dignidade! Exemplo de Humanidade e Espírito Público!

Mesmo só tendo vivido entre nós por 50 anos, foram anos que ficaram e ficarão na história, nos livros e em nossas vidas.
Confiram um pouco de imagens de sua trajetória de vida familiar, política e social neste breve vídeo:


José Marques, o prefeito do povo

Nasceu em solo do semi-árido cearense em 1922, em plena República Velha, quando os coronéis fecharam questão a favor da política da subserviência aos mandatários de São Paulo e de Minas Gerais. Em terras do sertão onde prevalecia a miséria e a pobreza analfabeta diante de uma concentração de renda desumana.

Aos dez anos assistiu à grande seca, quando a água tardou e o seu rio de estimação secou. Seus amiguinhos perderam os pais doentes e famintos, e outros foram embora para o campo de concentração da vizinha Senador Pompeu. A fazenda dos pais estava mais triste, mas o menino superou o drama como uma lição de vida. Estudou e trabalhou, obediente às orientações do pai, Cícero, homem do povo e prestativo que foi vereador em Mombaça por duas vezes, José trilhou exemplos e aperfeiçoou seus dons vocacionais para a vida pública, na área da saúde e na agropecuária. Viveu e dedicou sua curta e destacada vida ao seu povo de sua terra natal.


Mombaça que sempre esteve na boca de sua gente, mas ali existiu uma fazendeira, Maria Pereira, no século XIX, cujo nome batizou o antigo distrito de Quixeramobim. Em 1851 veio a emancipação, Maria Pereira município, depois trocado o nome por Benjamim Constant (1892), retornando Maria Pereira para, em 1943 ser agraciado com o atual.

José Marques, porém, vivenciou parte da fase áurea do algodão, levando à beira do seu rio a tão aguardada estrada de ferro, que transportou a sua economia agrária para a capital. Presenciou, já maduro e admirado pelo sertanejo (ele que também era parteiro), a inauguração da estação de trem na parte esquerda do Banabuiú. E, em 1958, eleito o vereador mais votado.


Assim, na Recreação, ao lado da esposa, Francisquinha, e com a chegada da filharada, recebeu seus conterrâneos mais humildes, uma casa aberta para o povo como a seus parentes e amigos. Afinal, aprendera com o pai como fazer política, que deveria ser voltada para o social. De modo que, ainda que na contagem voto a voto contra os velhos meios coronelísticos de compra de eleitores, venceu para prefeito de Mombaça, e pela primeira vez um socialista chegava a uma prefeitura cearense. Muita festa no largo da Matriz de Nossa Senhora da Glória.


Durante a gestão de 1967 a 1971, José Marques deixou seu nome como um dos maiores prefeitos, levando energia elétrica e água encanada para todos os distritos, serviço telefônico, ambos sem esperar pelos demais governos, mas com recursos próprios do município. Sempre atento à Educação, construiu escolas em todos os Distritos da cidade. Ele, que estudou na Capital Alencarina, no Hospital das Clínicas (ainda não havia Faculdade de Medicina no Estado), era funcionário da área de saúde, onde se dedicou aos mais carentes, atendendo sem distinção a toda a população de seu Município. Lembremos ainda do calçamento com paralelepípedo, das estradas carroçáveis e dos aparelhos de televisão colocados nas praças por ele reformadas e criadas.

Zémarques, como era carinhosamente tratado pela companheira de vida, dona Francisquinha, era um homem alegre e curioso. Músico nato. Tocava diversos instrumentos, a ver: violão, cavaquinho, piston etc. Com a professora Francisca Cavalcante Lima teve uma prole de dez. Destes, cinco homens e cinco mulheres. Ele que vinha de uma família grande também. Pai Cícero Marques e mãe Rita Pinheiro, tiveram uma dúzia de rebentos. Do Pai herdou, não só o sobrenome completo, mas também a paixão pela política. Cícero Marques, antes de migrar com a filharada para Fortaleza, além de comerciante, fora Vereador em Mombaça por dois mandatos.


Sua contribuição poderia perdurar por mais tempo, mas o destino o levou jovem, aos 50 anos. Uma ausência sentida pelos mais pobres, incrédulos, que perpetuaram o nome do agricultor, parteiro e político da Recreação. A propósito, no aniversário pelos quarenta anos da sua partida, um Projeto de Lei mudou a denominação da histórica fazenda Recreação para José Marques, o bairro que abençoa a entrada da sede.


A humanidade nos destina frustrações, a História nos conta os males da política. Raros são aqueles que honram os eleitores. Mombaça, entretanto, possui um nome que muito a dignificou. Um prefeito voltado para o povo, sem interesses financeiros, que dignificou a prestação de serviços, com diálogo, calma e sabedoria. Nos tempos da tecnologia, da agilidade, ainda temos que muito a aprender com o rapaz, aquele que brincava no rio e aguardava a chegada do trem.


Visionário, aquele a quem muitos de sua gente devota tanta admiração, enquanto prefeito lançou campanha pela limpeza pública com coleta de lixos etc. Assunto como sustentabilidade e meio ambiente, até então, era distante de seu povo nos sertões daquele Estado do Nordeste. Seu estilo, único, pacífico e humanitário deixou como legado de sua solidária história.


Conta um fato real que durante a campanha eleitoral para prefeitura de Mombaça, a oposição fez “mangofa” com o fato de José Marques já ter, àquela altura, realizado mais de 1200 partos. Seus adversários encheram um caminhão de crianças e passearam pela cidade com os dizeres: CRIANÇA NÃO VOTA. Após a LINDA vitória, a comemoração do ganhador foi, também, levando um caminhão de crianças, sendo que agora os dizeres da faixa traziam: CRIANÇA NÃO VOTA; MAS MAMÃE VOTA!

Confiram um pouco de imagens de sua trajetória de vida familiar, política e social no Blog Ser¡Voz! JOSÉ MARQUES DA RECREAÇÃO DE MOMBAÇA

ZÉ MARQUES - 28/12/1922 - 27/02/1973 https://t.co/hx2H512pQP    Ser ¡Voz!

Mombaça/CE - antiga Maria Pereira - https://t.co/Ej2jtbzEiV  no blog Ser ¡Voz! Cidade situada no sertão central do Estado do Ceará está no Nordeste do Brasil. Distante cerca de 300 km de Fortaleza.

_História, Distritos e Bairros de Mombaça/CE; _Rio Banabuiú atravessa a região urbana de Mombaça; _ Açude Serafim Dias; _Alguns Filhos e Filhas de Mombaça: Silvero Pereira, Plácido Aderaldo Castelo, Paes de Andrade, Castelo de Castro, José Marques etc. 

 

 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Sonho – Uma Ponte do Consolador / Livro II da Trilogia de Gláucia Lima

Vamos juntes construir a luta, a resistência e a vida! Muito Amor ️🦋 Gláucia Lima


                SONHO – UMA PONTE DO CONSOLADOR

Livro II da Trilogia de Gláucia Lima

Lançamento: BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ (2022)

Sábado, dia 19 de novembro, de 16h às 17h

Espaço Câmara Cearense do Livro - 1º andar / Estante 1 - Centro de Eventos – Fortaleza/CE

→ ATENÇÃO: Livro tem toda a renda revertida para os projetos socioculturais do Instituto Tonny Ítalo. Vem conosco conhecer estas histórias de Amor & Superação.

Tem uma linda surpresa dentro do livro. Adquira o seu!!!

Mentoria das Letras - produção

«A obra "Sonho - Uma Ponte do Consolador" de Gláucia Lima é um livro sobre resiliência, e também são histórias de amor, espiritualidade e amizade. São palavras de reflexão que, principalmente nos dias de hoje, são tão necessárias a nós.

 "Que a experiência pessoal de resiliência de Gláucia Lima nos inspire em como viver as adversidades como processos de transformação." Drª Marluce Oliveira psiquiatra e escritora prefaciou o livro

Uma história de vida que gerou um grande projeto: o InsTI – Instituto Tonny Ítalo, toda a venda é revertida para o Instituto que trabalha contra a violência, em prol da paz e com ações de solidariedade, cultura e amor.»

Marca em sua agenda este momento especial

na Bienal: Dia 19-11, sábado / de 16 às 17 horas

Local: Bienal - Stand 1 da CCL

Matéria completa sobre a obra, autora e lançamentos no blog do InsTI ↓

InsTI - Instituto Tonny Ítalo: Sonho – Uma Ponte do Consolador / Livro II da Tril...:   SONHO – UMA PONTE DO CONSOLADOR Livro II da Trilogia de Gláucia Lima → 1º Lançamento : BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ (2022) Sá...


sábado, 30 de julho de 2022

Canal Ser ¡Voz! 13 mil inscrições – 4 milhões e meio de visualizações!!!

CANAL YOUTUBE Ser ¡Voz!

_Gláucia Lima*

Criado em 02 de fevereiro de 2012, o canal do YouTube nasce no mesmo dia que o Blog de mesmo nome: Blog Ser ¡Voz! contando hoje com mais de 370 mil visualizações. Canal do YouTube Ser ¡Voz!  chega a 13 mil inscrições e 4 milhões, 577 mil e 782 visualizações.


E, por que “Ser ¡Voz!”?

 _ Conforme sua descrição, que permanece desde sua criação:
“Espaço que abriga, de fato, o Ser em toda Voz. Nosso desejo e sonho: “sonhar o sonho impossível!” Lutamos por vida plena, humanizada e digna, pela Voz da igualdade, por Solidariedade, Fraternidade. Lutamos e defendemos o direito à Arte, ao Amor e o Planeta com toda sua diversidade. Direito a ser igual ou diferente, Compaixão e Ação, essa é a nossa Revolução!”


 O que mudou desde então?

_ Como é a vida, assim são nossos meios de comunicar: acompanhando a dinâmica. E, com o canal não foi diferente. Após o surgimento do InsTI – Instituto Tonny Ítalo (2015) suas atividades se intensificaram nesta temática, em acordo com o seu próprio Estatuto Social se refere já no Art. 1º e também no Art. 15 etc.:  InsTI não tem fonte de renda e, “...sem fins lucrativos, constituída como instituição, destinada a mobilizar, sensibilizar, atuar e ajudar pessoas, famílias e comunidades de forma socialmente responsável, tornando-as copartícipes na construção de uma sociedade justa, saudável e sustentável, não violenta, criando mecanismos para contribuir por uma nova cultura de alegria e paz, através da arte e de práticas holísticas em cumprimento à legislação em vigor.” E, ainda segundo, seu  Estatuto Social, para ser membro do seu  Conselho Deliberativo e Assembleia Geral, este  “deverá basear-se nos seguintes requisitos: compromisso com a causa do INSTITUTO TONNY ÍTALO, preferencialmente com perfil social, cultural, holístico, diversidade de experiências, qualificações e estilos de comportamento, com especial atenção a questões de gênero, princípios de tolerância, apoio às minorias, respeito à diversidade e origem regional.”

               

 Assim, segue o Canal Ser ¡Voz! Conteúdos que se aproximem ao máximo destes propósitos humanitários, fraternos, solidários e, muito e sempre, zelo pelas práticas da justiça social, cultura de respeito às diversidades e às boas relações de gênero com vistas à ampla atividade cultural pra adultos, jovens e crianças, nas áreas da música, literatura etc.  

 

Se é o nosso desejo e sonho: “sonhar o sonho impossível”, pois, que este Espaço siga abrigando, de fato, o Ser em toda Voz!

 Tem mais: Novidades ainda neste semestre marcarão o Canal Ser ¡Voz! com estréia de seu Podcast e sua Rádio Web. Aguardem!!!

- Podcast - conteúdo em áudio, disponibilizado através de um arquivo ou streaming, que conta com a vantagem de ser escutado sob demanda, quando o usuário desejar. Pode ser ouvido em diversos dispositivos, o que ajudou na sua popularização, e costuma abordar um assunto específico para construir uma audiência fiel - broadcasting = radiodifusão

 Canal Ser ¡Voz!   https://youtube.com/c/SerVozGl%C3%A1uciaLima  YouTube

 Blog Ser ¡Voz!   www.glaucialimavoz.blogspot.com.br  Google / ou /

 Blog Ser ¡Voz!    t.co/NDcvjPsBJF    Google 

 Mais detalhes e curiosidades do vídeo abaixo:

“AS DIFICULDADES FINANCEIRAS NÃO SÃO LIMITES PARA SE
         ESTABELECER A CAUSA DO BEM!” Instituto Tonny Ítalo 

InsTI conta com três espaços distintos, entretanto, interligados descritos abaixo: Espaço Justo - conforme ideal de seu mentor; Espaço Cultura: agrega os Espaços Arte; Criação; e, Leitura - também compõe essa estrutura, a Biblioteca Comunitária Poeta Arievaldo Vianna (e a Videoteca da Fabíola) devidamente cadastrada na BECE; e, Espaço Saudável. 

 Por que o nome InsTI – Instituto Tonny Ítalo?

-_Tonny Ítalo Lima Pinheiro, nome completo de meu filho primogênito. Tonny Ítalo foi retirado de nós de forma brutal no início de 2015. Era seu “sonho” (e isso eu já até havia relatado no livro I da trilogia SONHO) criar uma organização não governamental. Era um sonho que meu jovem filho alimentava desde a infância e que estava envidando esforços para realizar. Foi tirado dele e, principalmente de nós, vê-lo por em prática seus projetos sociais, e que, vem sendo concretizado com o apoio de familiares e amig@s. Todo o trabalho do InsTI é voluntário e toda a renda é revertida às obras de construção e consolidação do instituto que leva seu nome. Daí, cedemos o canal de YouTube para seguir com suas propostas culturais e sociais.

InsTI tem seus outros e próprios canais de mídias e contatos eletrônicos e digitais: Blog; e-mail; WhatsApp; Fanpage/Facebook; e, Instagram.

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 _Gláucia Lima* – escritora: sou ali da Recreação, entre Mombaça, Fortaleza e Itaitinga. Presidente do InsTI – Instituto Tonny Ítalo, sou editora do Canal e do Blog Ser ¡Voz! – mãe do João, da Gláucia Maria e do Tonny Ítalo.